Michael Porter – Biografia e Legado

Michael Porter

Michael Porter é um professor e teórico de negócios da Harvard Business School e possui interesse em áreas como administração e economia, sendo autor de uma vasta gama de estratégias de competitividade.

Veja a seguir os tópicos que separamos para te apresentar Michael Porter:

  • Michael Porter – Biografia
  • Michael Porter – Legado

Michael Porter – Biografia

Michael Eugene Porter, nascido em Ann Arbor, Michigan em 23 de maio de 1947, é economista, engenheiro mecânico, engenheiro aeroespacial e professor universitário.

Sua trajetória começou quando ele ingressou na Universidade de Princeton, onde se licenciou em Engenharia Mecânica e Aeroespacial. Obteve também um MBA e um doutoramento em Economia empresarial, ambos em Harvard, instituição onde se tornou professor aos 26 anos.

Porter foi consultor de estratégias de muitas empresas norte-americanas e internacionais e tem um papel ativo na política econômica.

Do seu trabalho resultaram conceitos como a análise de indústrias em torno de cinco forças competitivas, e das três fontes genéricas de vantagem competitiva: diferenciação, baixo custo e focalização em mercado específico.

Em The Competitive Advantage of Nations ( As vantagens competitivas das nações), título que faz alusão ao conceito clássico de vantagens competitivas de David Ricardo, Porter amplia sua análise, aplicando a mesma lógica das corporações às nações, lançando o célebre modelo do diamante. Esta pesquisa permitiu-lhe ser consultor de diversos países, entre eles, Portugal.

Quando o assunto é Michael Porter, não podemos deixar de citar seus prêmios, sendo eles: Adam Smith Awards (1996); Creu de Sant Jordi (1998); Honorary Doctor of Stockholm University of Economics (1989).

Leia também: Estratégias de vendas – como alavancar o seu negócio

Michael Porter – Legado

Ao falarmos sobre Michael Porter, automaticamente lembramos de seu framework criado em meados de 1970, o qual ainda hoje é estudado nas aulas de administração e marketing e utilizado pelas empresas no planejamento de estratégias.

Esse modelo permite fazer uma análise setorial dos principais concorrentes, atores e forças que se relacionam dentro de um mercado.

As 5 forças de Porter nada mais são do que um framework de análise das forças competitivas que dinamizam um setor de negócios. Sendo elas:

  1. Rivalidade entre concorrentes;
  2. Poder de barganha dos fornecedores;
  3. Poder de barganha dos compradores;
  4. Ameaça de novos entrantes;
  5. Ameaça de produtos ou serviços substitutos.

O modelo citado foi criado no ano de 1979 por Michael Porter, professor da Harvard Business School. Naquele mesmo ano, ele também publicou um artigo na revista de Harvard que apresentou suas ideias: “Como as forças competitivas moldam a estratégia”.

De acordo com Michael Porter, lidar com a concorrência está no cerne de uma estratégia de negócio. Já que as empresas estão no mercado disputando a atenção, o interesse e o bolso do consumidor.

Todavia, é muito comum que as empresas tenham uma visão defasada sobre quem são seus concorrentes de fato. Para Porter, a concorrência de um setor não se manifesta apenas nos concorrentes, mas também em outros atores que tensionam forças no mercado.

Portanto, o nível de competitividade de um setor seria determinado pelo conjunto de todas as forças, que impactam no sucesso e no potencial de lucro de um negócio. Quanto mais fraca são as forças coletivamente, maiores são as chances de um bom desempenho.

Michael também compreende que as empresas costumam se dedicar às análises do macroambiente, como as forças sociais e econômicas, mas que o aspecto principal do ambiente externo é o setor em que ela compete (microambiente).

É por isso que as empresas precisam conhecer as 5 forças para planejar suas estratégias de marketing. As 5 forças de Porter ajudam a mapear o setor, identificar as tendências e criar cenários futuros em que a empresa se defenda das forças e se destaque no mercado.

Em diversos casos a análise competitiva só é olhada pela perspectiva dos concorrentes diretos, os quais vendem o mesmo produto e miram no mesmo público que a empresa. Todavia, Michael Porter mostra que a competitividade de um mercado está muito além disso.

Você já parou para pensar que pode existir um produto que está prestes a ser lançado no mercado que pode substituir o que você vende hoje? E se os consumidores aumentarem seu poder de barganha quando tiverem novas opções de compra além do seu negócio?

Esses são alguns exemplos de fatores que influenciam no seu desempenho, e a empresa precisa estar preparada para enfrentar essas forças.

As 5 forças de Porter mostram que há muitas outras forças além da rivalidade entre concorrentes. É por isso que tornou-se importante adotar esse modelo para mapear todos os fatores setoriais que impactam no seu negócio.

Quando identificamos essas forças na indústria, a empresa pode se preparar para se defender ou influenciá-las a seu favor. A intenção é encontrar uma posição estratégica na indústria que fortaleça o negócio no cenário de competitividade.

Portanto, a análise setorial é também um embasamento necessário para definir a estratégia competitiva da empresa, em outras palavras, como ela vai enfrentar as forças do mercado e definir seu posicionamento estratégico.

É importante saber como aplicar as 5 Forças de Porter na prática, para que assim a criação de estratégias de negócio sejam mais eficientes.

O primeiro passo é fazer uma pesquisa de mercado, afinal, elas podem apontar a sua participação de mercado, as tendências de comportamento do consumidor, as ações dos concorrentes, entre outros fatores que determinam as forças competitivas do setor.

Assim, ao invés de ficar criando hipóteses infundadas, você pode construir cenários futuros com mais embasamento e criar estratégias mais adequadas para eles.

O segundo passo é incluir uma análise no Plano de Marketing, já que é no momento do planejamento das estratégias que você precisa olhar para as forças que atuam sobre a sua empresa e definir como você vai se defender delas ou aproveitá-las.

No planejamento de marketing, é importante também olhar para dentro e perceber os pontos fortes e fracos da empresa. Eles vão ajudar a definir como ela pode reagir às forças competitivas. A análise SWOT é o framework mais usado para isso.

O terceiro passo é a definição de uma estratégia competitiva, visto que é ela quem define como a empresa vai se posicionar, diante do cenário de competitividade do setor. De acordo com Michael Porter, há três caminhos principais para as empresas:

  1. Liderança em custo: estratégia que enfrenta a competitividade do setor com a máxima redução de custos de produção e distribuição, com a finalidade de reduzir também o preço final ao consumidor, mas aumentar sua lucratividade.
  2. Diferenciação: estratégia que enfrenta a competitividade do setor com a diferenciação da marca e dos produtos em pontos sensíveis ao consumidor, com a finalidade de aumentar a percepção de valor e minimizar a sensibilidade dos clientes ao preço.
  3. Foco: estratégia que enfrenta a competitividade do setor atuando em nichos, os quais tendem a apresentar menor rivalidade entre os concorrentes e menos ameaças de fornecedores e compradores.

No momento em que assume uma estratégia competitiva, a empresa estabelece o direcionamento estratégico para lidar com as forças identificadas no setor.

O quarto e último passo é a definição de uma posição em relação às forças, assim, se você já mapeou as forças e fraquezas da empresa e já definiu a estratégia competitiva, já pode decidir como lidar com as 5 forças de Michael Porter que identificou no seu setor.

A empresa pode tomar diferentes medidas para se tornar menos vulnerável às forças competitivas, como:

  • Fortalecer as relações com os consumidores;
  • Diferenciar o produto ou a marca em relação aos concorrentes;
  • Integrar para frente ou para trás ao assumir novos negócios;
  • Estabelecer uma liderança tecnológica.

Dessa forma, após seguir esse passo a passo, será possível definir com êxito suas estratégias competitivas, sendo um bom discípulo de Michael Porter!

Caso tenha gostado de saber mais sobre essa figura inspiradora que é Michael Porter, não deixe de conferir o post sobre Jorge Paulo Lemann, o economista carioca responsável por um império do capitalismo mundial!

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Vídeo Bônus – Quem é Michael Porter?

https://www.youtube.com/watch?v=zHFNXGEAGY8

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