Persistência Fundamentada

persistência do vendedor

Na área de vendas, é muito comum ouvir que a persistência é uma das maiores qualidades de um bom vendedor.

Na prática, porém, o conceito acaba se confundindo com uma característica negativa: a teimosia.

Para atingir resultados de forma melhor e mais ágil, é preciso entender quais características podem estar te impedindo de ser um profissional mais persistente, além daquelas que podem ser trabalhadas ainda mais.

Com isso, o conceito de persistência fundamentada é importante para guiar os vendedores rumo a um resultado no trabalho que vai além do aumento nos lucros, mas que prioriza também um ambiente mais saudável e propenso a inovações e mudanças positivas.

Para te ajudar, desenvolvemos um post completo que traz a abordagem de forma prática a partir dos seguintes tópicos:

  • Qual é a diferença entre persistência e teimosia?
  • O que é a persistência fundamentada?
  • Como saber se sou persistente?

Tenham todos uma ótima leitura!

Qual é a diferença entre persistência e teimosia?

Conforme já adiantamos, a persistência é uma daquelas características que não deve faltar na personalidade de um bom vendedor.

Porém, muitas pessoas acreditam que são assim quando na verdade trabalham com um perfil negativo: a teimosia.

Os teimosos perdem o foco no resultado pois muitas vezes direcionam todo o seu trabalho em pontos inflexíveis.

Quando acreditam em uma ideia específica, nada faz com que ela mude — mesmo que existam provas capazes de mostrar que a meta só será atingida caso novas abordagens sejam criadas.

Além disso, também são percebidas características como a teimosia, irritação e dificuldade em escutar os colegas.

Como imaginar um ambiente saudável dessa forma?

Todas essas implicações negativas são responsáveis por fazer do teimoso uma pessoa que não analisa dados e fatos.

Isso faz com que exista uma demora na percepção de que os processos poderiam ser melhorados ou alterados.

O persistente, por sua vez, é uma pessoa aberta para colaborações, tem senso de coletividade, se importa de verdade com o alcance dos objetivos e não lida com conflitos na hora de propor mudanças – mesmo que elas não sejam do agrado daquele profissional.

Outra característica fundamental para um persistente de verdade é a resiliência.

Algo deu errado? Não tem problema, tentaremos de novo até que dê certo!

A frustração no meio do caminho não deve ser uma opção na realidade dessas pessoas, por isso elas estão muito mais propensas a fechar vendas.

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O que é a persistência fundamentada?

Além de ser uma pessoa persistente, é importante contar com recursos que vão além da intuição e da emoção na hora de acreditar em um projeto.

Tais características são obviamente muito importantes, afinal, quem não entrega tudo de si dificilmente será reconhecido por projetos incríveis ou metas muito bem batidas.

Porém, no final do dia, é importante se basear em dados.

Somente eles farão com que você entenda formas práticas de atingir os objetivos, além de calcular possíveis percalços pelo caminho — ou melhorar a estratégia ainda mais quando ela já está indo muito bem.

A persistência fundamentada, então, é aquela guiada por fatos e informações que podem ser comprovadas.

Conforme adiantamos, isso não significa que a emoção e aquele “feeling” de todo vendedor deve ser esquecido.

O meio termo pode ser atingido com excelência quando níveis saudáveis das duas características são unidos e direcionados para um bom fechamento de objetivos.

Como saber se sou persistente?

Agora que você já sabe o que é a persistência fundamentada e entendeu que ela pode ser uma aliada gigantesca para o perfil de um vendedor, você pode estar se fazendo a seguinte pergunta: “Como eu posso descobrir se sou persistente de verdade?”.

Para ter certeza disso, responda às seguintes perguntas.

O quão empático você é?

No dia-a-dia, você se coloca no lugar dos seus colegas de trabalho ou clientes?

Julgar o próximo é muito simples, e muitas vezes transformamos tais julgamentos em atitudes negativas.

A empatia se encontra na capacidade de entender que cada pessoa é única, tem suas qualidades e defeitos, e que existem formas de viver em harmonia com todas as possíveis limitações que existem enquanto grupo coletivo.

Você ouve as pessoas a sua volta?

Na maioria das vezes, estamos apenas esperando o outro terminar de falar para começarmos a apontar os nossos problemas, questões ou até mesmo felicidade.

A atitude é normal e acaba passando despercebida muitas vezes, mas é importante se policiar.

Pare um pouquinho para ouvir de verdade o que o outro está falando com você.

Entenda as dores do seu cliente e coloque-as acima de qualquer desejo de vendas ou metas batidas.

Saiba que quando existe uma relação genuína entre cliente e vendedor, você pode até perder números em um primeiro momento, mas a longo prazo colherá frutos muito melhores — já que as chances de crescer a insatisfação com negócios mal feitos é muito menor.

Isso também serve para o trabalho em equipe. Quem sabe você pode ajudar aquele colega que precisa desabafar um pouquinho?

Você é uma pessoa flexível?

É preciso diferenciar o “orgulho positivo” do “orgulho negativo”.

Entendemos que é difícil se desprender de uma ideia, principalmente quando ela levou tempo e dedicação para ser desenvolvida.

A atitude, inclusive, é uma das coisas mais comuns no mercado de trabalho – e na vida pessoal também!

Porém, mais do que acreditar na própria ideia e vê-la como uma boa solução para atingir resultados melhores, é preciso entender os momentos de ser flexível e alterá-las – ou até mesmo abandoná-las.

O que é bom em um primeiro momento não necessariamente será interessante a longo prazo.

Quando somos guiados por resultados, aprendemos que o percurso provavelmente será alterado inúmeras vezes até que seja possível alcançar os objetivos propostos.

E está tudo bem!

As vezes aquela ideia boa pode não servir agora, mas no futuro será a salvação de todo um plano de metas.

Entende o valor dos fatos?

Muitas pessoas são contrárias a metas, números e dados objetivos.

Elas acreditam que um bom vendedor deve ser guiado principalmente pela sua intuição e que aspectos emocionais falam mais alto ao fechar um bom negócio.

Pessoas persistentes, porém, entendem o valor de um bom número e se apoiam nos fatos ao traçar planos e objetivos.

Sem eles, fica difícil provar se toda a estratégia da empresa vai bem.

Acredite: você não vai querer descobrir que não bateu a meta depois de perder a chance de desenvolver planos de ação para melhorá-la.

Metas não devem existir para barrar a autoestima ou “forçar” vendedores a fechar um negócio, muito pelo contrário!

Elas são indicadores de sucesso que existem para apoiar a equipe e dar a chance de mudar de caminho quantas vezes for preciso, tudo isso em prol de um objetivo maior.

Se você tem alguma dessas características, já pode se considerar como alguém persistente!

Basta desenvolver cada uma delas no dia-a-dia, pensando sempre na satisfação e encantamento do cliente, tudo isso sem se esquecer de um bom embasamento e de ser alguém propositivo.

Se você gostou deste artigo, continue a imersão no universo das vendas!

 Ana Júlia Ramos é jornalista e redatora de conteúdo parceira da Clientar CRM.

Paulo Araújo é palestrante, consultor e fundador da Clientar – Software de CRM.

Administrador de Empresas, pós-graduado em Marketing e em Gestão pela Qualidade e Produtividade.

Especialista em palestras de motivação e de vendas. Realizou palestras em centenas de empresas pelo Brasil.

Criador do canal O Papo É Vendas no YouTube.

Convidado pela Revista VendaMais e pelo portal Administradores.com a participar de entrevistas, publicações de artigos e vídeos com temas relacionados a Gestão de Vendas.

Autor dos livros:

  • Motivando o Talento Humano – Editora Eko
  • Motivação – Faça a Diferença – Editora Eko
  • Motivação – Hoje e Sempre – Editora Qualitymark
  • Seja Dono de Sua Própria Vida – Editora Qualitymark
  • Desperte seu Talento – Editora EKO
  • Talentos em Ação – Editora EKO
  • Paixão por Vender – Editora EKO

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